sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

CAPÍTULO 2: A Missão de Doggmon!



     ...Eram muitos acontecimentos para um dia só. Akira não conseguia mais entender se tudo aquilo era verdade ou não. 
Agora, a criatura o fitava tão estranhamente quanto ele, até que o cãozinho finalmente se pronuncia:


     - Bem, me desculpe pelo acontecido, acho que começamos mal... – dizia agora com uma voz calma e doce – meu nome é Doggmon, sou um digimon e vim do Mundo Digital! – disse apertando a mão de Akira.



        Aquele ser já não parecia tão estranho como inicialmente. Devia ter aproximadamente um metro e trinta centímetros e aparentava ser um cachorro marrom, apesar de bípede. Vestia uma camisa vermelha e boné da mesma cor encaixado lateralmente na cabeça. Tinha olhos caídos, dando-o um olhar calmo, e orelhas que caíam diante seus ombros, além de estar equipado com um microfone em sua mão.

          - Mu-mundo Digital? – gagueja Akira, ainda confuso.

      - Sim! – confirmou Doggmon – este portal leva ao Digimundo, que é o que você está vendo – disse apontando para o portal.
        - Aqui é o mundo humano, não? – observava o digimon, virando de um lado para o outro, com a mão na cintura e a outra acima dos olhos.

         - S-sim! – confirmou Akira.

         - Então você é um humano? – perguntou com um tom retórico. – E qual é seu nome?

         - Akira, Takahashi Akira! – respondeu o jovem.

        - Prazer em conhecê-lo, Akira Takahashi Akira! – cumprimentou-o de novo o cachorro – É um belo nome o seu!

        - Hi-hi-hi!... Pode me chamar só de Akira! – riu o homem, passando a mão atrás da cabeça, desconcertado com o erro do digimon.
         - E quem era aquele que você estava perseguindo? Era um digimon também? – perguntou o jovem.

         - Sim, também é um digimon como eu, mas não sei seu nome... Só sei que ele veio para o mundo humano com más intenções... Hum! – espantou-se o cachorro, tapando a boca com a mão – ele deve ter vindo atrás dos escolhidos também! É melhor eu correr logo antes que algo de ruim aconteça! Tenho que ir!! – em um movimento brusco, pula a janela quebrada.

         - Hei, espere! Cuidado!!! – Gritou Akira com a mão estendida rumo à janela, mas era tarde demais.

       A luz do sol forte em seus olhos se contrastou com a escuridão daquela sala que acabara de deixar. O vento batia em seu rosto e balançava freneticamente sua blusa e suas orelhas. Foi então abrindo seus olhos. Sua visão foi se tornando nítida novamente, até que, olhando para baixo, percebe que pulou de um lugar extremamente alto, e em um arrepio súbito, seu estômago gelou.

       - Aaaaah!! – gritou Doggmon, com os braços estendidos para frente, enquanto atravessava a rua pelos céus.

     Aproximando-se ao outro prédio que estava em frente aquele que havia acabado de deixar, consegue se agarrar na mureta de concreto de uma janela.




     - Não olhe para baixo, não olhe para baixo!... – disse a si mesmo para seguir confiante, mesmo que inseguro. Em meio a gemidos de esforço e de cansaço, seguia escalando o prédio até um lugar seguro.

     Depois de um tempo, finalmente chega ao topo do edifício, pula a mureta de segurança e cai de barriga no chão. Ainda ofegante, vira-se de barriga para cima, e olhando as nuvens diz:

     - Ah... Ufa! Então esse é o mundo humano?... – com esforço se levanta e vai em direção à beira do prédio e olhando para baixo diz:
     - Que montanha estranha... Como é que eu desço dela agora? – com a mão acima dos olhos, olhava de um lado para o outro, procurando um meio de descer, até que encontra uma cabine com uma porta dupla e enorme.
      - Nossa... O que será que isso faz? – diz Doggmon se aproximando, até que aperta um botão localizado entre as portas.

     Subitamente, a cabine se abre. O cãozinho se projeta levemente para trás assustado. Dentro dela não havia absolutamente nada, nada além de uns botões em uma das paredes. Apesar de assustado, sua curiosidade era maior, então sua intuição o leva para dentro da cabine. De repente, a porta se fecha. Doggmon leva outro susto, porém, desta vez, tinha uma má impressão.

      Olhando para os botões da parede, imagina que algum deles possa abrir a porta novamente.

      - Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si! Eu escolho este daqui! – disse apontando para vários botões, até apertar em um aleatoriamente.

     De repente, inicia-se um barulho de engrenagens funcionando, e Doggmon começa a sentir um frio na barriga.
     Um pouco acima da porta ele encontra um painel cheio de números, cujo ponteiro seguia descendo, e os números iam cada vez mais decrescendo.
Sem saber do que se tratava, Doggmon entra em pânico:

     - Aaah! Socorro, eu vou morrer!!! – gritava correndo em círculos, com a mão na cabeça, pensando que a cabine ia explodir ou algo do tipo ia acontecer quando o marcador chegasse ao zero.



     Então, finalmente o ponteiro chega ao número “1”, assim, ouviu-se uma espécie de sino soar, até que a porta se abriu.
     Doggmon observa pasmo e estático, ainda com as mãos na cabeça. Ao invés do topo do prédio, agora ele via diante de seus olhos uma sala de espera, com uma calma música ambiente ao som de violino e piano ao fundo.

      - Ah... Entendi! Isso daqui é um tele transportador! Esses humanos inventam cada coisa...

     Então, o cãozinho, na ponta dos pés para não fazer barulho, pára na porta do elevador, tira a cabeça para fora da cabine e olha de um lado para o outro. Na sala, havia três ou quatro pessoas, e pareciam muito distraídas, umas conversando, outras lendo jornal.



     Doggmon fica sobre quatro patas e caminha em direção à porta giratória.
     - "Acho que tenho que girar nessa engenhoca até me tele transportar para fora daqui..." – pensava, enquanto girava sem parar na porta, até que tonto, sai da porta e cai de barriga no carpete da sala de espera.
     - "Que estranho... Aqui fora é igual lá dentro!" - pensava o cachorro, até que observa um homem de uniforme e chapéu azul se aproximando dele. Sem tempo de fugir, Doggmon é pego pelo humano pela camiseta e é suspenso por ele.

     - Quem deixou esse vira-lata entrar no prédio?! – dizia o segurança irado. Dirigindo para fora do edifício, jogou Doggmon para o alto, que cai de mau jeito no chão, soltando um latido de dor. – Dê o fora daqui!

     - Grrr... Só não acabo com você porque tenho coisa mais importante para fazer! – diz rosnando baixo entre os dentes, enquanto se levantava do chão. – Pelo jeito, iguais aos digimons, existem humanos bons e maus...
Sentou-se na calçada de pernas cruzadas, e, olhando para os lados, tira o boné da cabeça e pega um aparelho eletrônico de cor prateada. Dentro do chapéu também havia outros de várias cores. 



     Com o dispositivo em mãos, coloca de volta o boné na cabeça, observa um radar em sua tela, e começa a ir em direção ao marcador.
     Em quatro patas, continua andando pela calçada, até virar em um beco, escuro e sinistro. Para todos os lados havia latões, caçambas e sacos de lixo, e o ambiente era fétido. Mais a frente, observa que havia uma grade muito alta, que dava para o outro lado do quarteirão.



     Sem se virar para trás, sente a presença de alguém lhe perseguindo, um som de rosnado grave e baixo passa pelos seus ouvidos, e então, respira profundamente e se vira.
Havia três cachorros furiosos, salivando e mostrando os dentes. Doggmon fica pasmo, e tenta comunicação:

     - Olá, queridos amigos peludos em comum! Como vão meus irmãos da Terra? – aproxima-se o cãozinho digital com a mão estendida, tentando fazer contato.

      - Grrrr... – os cães continuam rosnando, e Doggmon percebe que sua tentativa foi em vão, então começa a ficar branco.


     - Aaaaah! – vira-se para trás, correndo em direção à grade, então escala a mesma, e cai com tudo do outro lado.
     Levantando-se, observa que os cães continuam latindo, e vendo que agora estava seguro, ganha coragem.
     - Hum... Então é assim que recebem um primo do exterior?... Então tá... Caham! – tosse Doggmon com a mão na boca.



     - Sonic Bark!!! – Solta um latido sônico que estremece toda a grade, produzindo um barulho assustador, intimidando os cachorros, que saem correndo latindo como filhotes.

       - E é bom avisarem para seus amiguinhos que o Doggmon aqui tá na área! – diz o cãozinho, tirando a poeira dos ombros com a mão em um gesto de desdenho, e ajeitando o boné na cabeça. Então, assoviando a música que ouvira na sala de espera, vira-se e continua seguindo seu caminho em busca aos escolhidos.


~~Le Continue... ~~

domingo, 9 de dezembro de 2012

1ª Saga

Capítulo 1: Como Tudo Começou

Capítulo 2: A Missão de Doggmon!

Capítulo 3: Bem vindos ao Mundo Digital!

CAPÍTULO 1: Como Tudo Começou



     Mundo Digital. Um universo muito complexo criado a partir do advento da informática. Por ser provindo da rede de computadores que atravessa fronteiras abrangendo todo o planeta Terra, sua aparência é muito parecida com a mesma.

________________________________________


     Era uma manhã com poucas nuvens, apesar do sol forte o clima estava fresco e agradável. A luz solar refletia nas janelas dos edifícios como espelhos d’água, e automóveis lotavam a avenida principal. Eram por volta das sete horas e meia, Yokohama seguia movimentada pelo horário de pico e milhares de pessoas iam seguindo para seus destinos.

     Em um dos carros, um jovem adulto de vida agitada ia ao trabalho. Este devia ter uns 25 anos, porém aparentava ter um pouco mais devido ao estresse excessivo causado por uma vida dura de muito trabalho e estudo. Seus olhos castanhos estavam semicerrados, tanto pela olheira de uma noite mal dormida quanto pela sua expressão de nervosismo e inquietação, seguido pelos seus óculos mal colocados no rosto. Seu cabelo roxo era curto, e possuía um topete arrepiado, concordando com sua expressão.


     - Ótimo! – falava para si mesmo em um tom sarcástico – começar o dia logo com um engarrafamento... Justo hoje que acordei atrasado! – maldizia enquanto ajeitava a gravata e a gola de sua blusa social branca, a qual estava amassada e ao peito possuía um crachá de identificação com o nome “Takahashi Akira” ao lado da foto de seu rosto que ironicamente estava feliz, tanto que nem parecia a mesma pessoa.

     - Vamos, vamos, vamos! – dizia baixo entre os dentes, seguido do último gole de seu café.

    Enfim chegou ao cruzamento com a rua em que se destinava e virou a esquina.

     - Até que enfim uma rua vazia! – comemorou ele, enquanto acelerava o carro.

     - Droga! Estou 10 minutos atrasado! – disse olhando para o relógio de pulso, ignorando o do painel do carro, que era adiantado 1 minuto, assim se sentia menos atrasado.

     - Enfim, já estou na reta final!

__________________________________________

     Mundo Digital. Era uma manhã com poucas nuvens, apesar do sol forte o clima estava fresco e agradável. A luz solar refletia na grama um verde vivo e não havia ninguém nas redondezas, pois o único barulho era do dançar das folhas na brisa do vale.

     Tudo parecia calmo, até que o silêncio foi quebrado por dois roncos contínuos próximos dali. Duas criaturas se encaravam, uma rosnava, a outra emitia um som de motor. 


     Encontravam-se estáticos, até que um, em um movimento brusco arranca em disparada. Não parecia fugir, mas sim indo à busca de algo. A outra criatura o perseguia latindo. “Não! Não posso deixá-lo ir!”, pensava.

__________________________________________

     No mundo real, Akira já estava perto de seu local de trabalho, quando um cachorro começa a perseguir o carro latindo sem parar.

     - De novo esse cachorro? O que ele quer? Não se cansa de me seguir nessa rua todos os dias? – dizia olhando para o retrovisor.

     Logo chegou a um grande prédio que tomava todo o quarteirão. Nele havia um grande painel com o mesmo logotipo de seu crachá, representado pelo planeta Terra sobreposto a uma teia de aranha e ao lado estava escrito “Spider Webers”, que era uma empresa provedora de internet. Em seu topo havia uma enorme antena. 
Então entrou no estacionamento, assim sendo, a cancela se abaixou, interrompendo o cão que o perseguia que ficou rosnando na calçada. 

___________________________________________


     No mundo digital a perseguição continuava.
     - Smoke Bomb! – disse o ser que estava sendo seguido, quando lançava uma esfera de energia roxa quase negra que explodiu em cheio no indivíduo que o seguia, não conseguindo desviar, sendo encoberto por uma nuvem de gás da mesma cor.

___________________________________


     O estacionamento era subterrâneo, e exclusivo para funcionários. Akira rapidamente estaciona em sua vaga e corre em disparada para uma porta perto dali.

     Passando por ela, Akira encontra seu chefe, que estava o aguardando pessoalmente, de braços cruzados e com uma expressão nada agradável. Este tinha uma estatura baixa, parecia já ter seus 50 anos, já apresentava visível calvície, e tinha cabelo e bigode grisalho. 


     Sem demora, o jovem se pronunciou: 

     - Me desculpe o atraso, senhor Honda, não acontecerá de novo! – disse Akira, desconcertado.

     - Foi a mesma coisa que disse nos três últimos atrasos! Se acontecer de novo, será despedido! – Disse o chefe com um tom autoritário.

     - S-Sim, senhor! – gaguejou o jovem, indo para o elevador. Enquanto olhava para o marcador dos andares se movendo, pensava: “Que dia! Não sei o que será da minha vida se eu perder esse emprego... o que mais falta me acontecer?”.

     Já no 8º andar, dirigiu-se para sua sala. Era uma sala bem arejada de paredes e piso cobertos de azulejos brancos totalmente limpos, uma das paredes era composta praticamente apenas por janelas, porém a vista não era das melhores, visto que dava de frente com outro prédio. Sua profissão era programador, então tinha uma estante cheia de livros de linguagens de programação que tomava quase uma parede inteira. Em seu centro possuía uma enorme mesa de escritório com um microcomputador de última geração.

     Chegando ali, logo iniciou sua máquina, porém ela não ligou do modo esperado. 

     - Ah... Droga! Já me basta o atraso e agora a máquina quebra! – maldizia Akira, irado.

     Nisso, um alto som de computador em funcionamento intenso se ouvia, como se o cooler estivesse girando em sua capacidade máxima. Começaram a aparecer inscrições em código binário na tela do computador. 


     Iam aparecendo cada vez mais e mais, pareciam saltar da tela, como se fossem “3-D”. Akira se dirigiu para o lado de seu computador e percebeu que as inscrições estavam saltando para fora da tela mesmo. 

     Nisso ia se materializando uma imagem holográfica redonda de um metro e meio de diâmetro, ficando cada vez mais nítida e emitindo uma luz branca cada vez mais intensa.


     O clarão finalmente se estabilizou, revelando um portal. Sua borda era verde escura e nele havia inscrições em código binário douradas e irradiantes. Dentro dele havia um campo coberto de grama e com três ou quatro árvores ao fundo.

     Akira olhou fixamente para o portal sem entender nada. Ao fundo foi surgindo um ronco de motor que foi ficando cada vez mais alto. Uma figura ia surgindo no horizonte, que se aproximou aterrorizadamente rápido, até se chocar no portal, jogando Akira com toda força na parede, sem nem sequer ter tocado nele. Em questão de segundos aquela misteriosa criatura saltou e quebrou a janela. Akira se levanta e vai até ela, mas não havia nenhum rastro sequer do monstro, o qual não deu para visualizar direito, pois estava coberto por uma aura negra e roxa, seja o que for aquilo, nem caminhava nem rastejava, e, mesmo sem se lembrar direito, nunca mais esqueceria aqueles olhos vermelhos e brilhantes como rubis.


     - Mas o que foi isso?! – Dizia paralisado, suando frio – Droga! “Aquilo” quebrou a janela!
Voltou-se para o portal e o observou por alguns segundos. No horizonte aparece outra criatura correndo em sua direção. 

     - Outro? – já ia se virar para sair da frente, mas o monstro foi mais rápido e se lançou para cima dele, fazendo-o cair no chão.

     A criatura rosnava, e dizia segurando Akira pela blusa – Cadê ele? Cadê ele?!

     - Aquele bicho envolto a uma aura negra? – perguntou o jovem ainda assustado.

     - Sim! Cadê?! – disse a criatura olhando freneticamente para os lados.

     - Ele pulou a janela e sumiu – respondeu Akira.

     O monstro correu para a janela e olhou para os lados e não havia nada. Ele colocou sua pata no rosto e respirou fundo durante uns segundos e disse:

     - Esquece! Depois dou um jeito nele. Primeiro tenho que encontrar as crianças escolhidas.

     Akira, ainda no chão, levantou a mão e chamando a atenção do monstro disse:

     Hei, hei! Você pode me explicar o que está acontecendo aqui?! – dizia já nervoso e sem paciência.

     Nisso, aquela criatura parecida com um cão se aproximou do homem e os dois se observaram por alguns segundos, um parecia estranhar o outro.



~~ Le Continue... ~~

AVISO IMPORTANTE: Light Novel

Oi, gente! Tem alguém aí? :P

Estou passando aqui para informar que o fanzine ficará parado por tempo indeterminado, pois ultimamente ando sem tempo para fazer, e como os capítulos demoram demais, resolvi parar com ele.

Não, eu não desisti da história, tanto que eu continuarei postando ela em forma de Light Novel ( História em forma de texto, mas com bastante imagens). Assim, a postagem será bem mais rápida.

Para não ficar desorganizado, eu comecei a história do "zero", mas não se preocupem, vocês não lerão a mesma coisa duas vezes, pois eu dei uma "evoluída" na história. Ela já começou a ser postada no Fórum da Digimon FOREVER, já no capítulo 3, e foi muito bem recebida.

Como o projeto de Light Novel foi pra frente, continuarei com ele no lugar do fanzine. Assim sendo, abrirei a sessão da Light Novel aqui no blog.

Desculpem-me a todos por não poder continuar o fanzine, e espero que gostem da Light Novel!